O que me vem pela cabeça quando ando de metrô
Belas paisagens se misturam e contracenam
Com barracos de madeira, lonas pretas, vela acesa
E o pedido sobre a mesa
Vai chorar ao ver crianças que talvez pudessem estar
Na escola lendo um livro e aprendendo para que um dia
Em outros caminhos elas não possam entrar
Vai chorar ao ver
Que as paisagens vão morrendo
Se apagando com o tempo
Mas não vá se perder
Vai chorar ao ver crianças que talvez pudessem estar
Com brinquedos envolvidos em um mundo de esperança
Mas ao contrário é o que vemos pelas ruas
Com armas na mão e a vingança nos olhos
Eles podem até não saber
Mas a culpa é de quem?
Vai chorar ao ver
Ao andar pelas ruas vai saber, vai sentir na pele
Pode crê! Vai chorar ao ver crianças
Que talvez pudessem ser
Teus filhos